Brinquedos Montessori
A ESCOLHA E A SELECÃO DOS BRINQUEDOS
Às vezes esquecemo-nos o quanto é importante a escolha dos brinquedos e dos
materiais que se colocam à disposição de uma criança. É muito importante lembrar que
é através dos jogos que uma criança aprende. Como ensina Maria Montessori, brincar é
o trabalho das crianças.
A pedagogia Montessori, Pikler e Waldorf foram elaboradas para libertar o potencial da criança, começando precisamente dos primeiros meses. Devemo-nos lembrar que não se deve subestimar nenhuma das fases de crescimento da criança: dia após dia a criança adquire novas capacidades motoras, sensoriais e intelectuais que conseguirá explorar melhor se lhe fornecermos um ambiente e materiais adequados.
Para incentivar a concentração da criança, Maria Montessori aconselha colocar à disposição da criança poucos brinquedos, fazendo uma rotação dos mesmos a cada 2/3 meses ou quando pensarmos ser mais oportuno (não existe um momento específico, cada criança e cada família são diferentes).
A seleção dos brinquedos deveria ser feita regularmente como fazemos para as roupas; há aquelas que já não satisfazem as suas necessidades e outras que nunca chegou a usar. Mas antes de livrar-se deles definitivamente devemos observar quais é que a criança usa e aqueles que deixa de parte. Não deitamos brinquedos fora sem a consultar e é preferível fazer a seleção em conjunto. Se ela quiser ficar com brinquedos que não usa, podemos mais tarde colocá-los numa caixa identificada como brinquedos não utilizados, assim a criança terá o prazer de redescobri-los ocasionalmente.
Como saber se um brinquedo é útil ou não?
Devemos colocar as seguintes questões: como pode este brinquedo ajudar o meu filho a crescer? Quais são as habilidades necessárias para poder brincar ou quais as capacidades que se irão desenvolver brincando?
Observar: que interesse demonstra em relação a este brinquedo, quanto tempo brinca, percebe o objetivo, concentra-se…?
A novidade desperta muitas vezes na criança um interesse imediato; esse interesse é causado pela curiosidade. Só quando o efeito da curiosidade diminuir é que podemos avaliar se o brinquedo é adequado à criança, observando se as fases seguintes se verificam:
explora o brinquedo: agarra-o e mexe nele;
fixa a atenção: depois de o ter manuseado, decide continuar a sua atividade;
compreende o objetivo: através das duas fases anteriores, percebe o objetivo do brinquedo e começa a brincar com ele;
repete: inicia a brincadeira mais vezes para melhorar;
concentra-se: usa todas as suas capacidades para focar-se completamente no brinquedo.